É raro o dia em que não aparece na grande imprensa notícias - opiniões de especialistas, preocupações das entidades de classes de várias categorias, influenciadores de redes sociais - envolvendo cenários cujo principal insumo envolvido não seja a energia. Pelo lado da demanda, a energia para a mobilidade, para a agricultura, para novos processos industriais, para o blockchain, e outros é, a nosso ver, o que causa maior preocupação para a sociedade, face a enorme dependência desta por este insumo para sua sobrevivência.
Poucos se preocupam com o lado da oferta. Parece-nos que as fontes renováveis clássicas tais como a hidráulica, eólica e fotovoltaica são suficientes para suprir nossas necessidades de energia limpa, presentes e futuras. A energia oriunda de combustíveis fósseis é vista com viés impopular, apesar das grandes contribuições que ainda possam advir de uma boa gestão de seu uso. Falar de energia nuclear então nem se fala. Sua impopularidade é enorme e a grande maioria, refratária ao seu uso, é contra por que é contra, sem dar justificativa robusta para essa rejeição.
O setor com maior potencial de contribuição para o combate às mudanças climáticas é o setor energético, o que mostra a relevância deste setor para o mundo. Na verdade, essa contribuição não se reduz à simples mitigação das emissões de carbono, mas, sobretudo, pelo seu impacto em quase todos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Neste contexto, o Eixo Temático “Energia” do programa ProETUSP busca encontrar caminhos para a aceleração das ações que impactam positivamente as metas dos ODS.